“A única luta que se perde é a que se abandona”

Hebe Bonafini, Madres de la Plaza de Mayo

23 janeiro 2010

Um texto de Lueden Matheus Saraiva Paes, 14 anos

"As estrelas desse profundo azul, não me dizem o dia de amanhã, tenso como o frio que arrepia a alma, habitante das escadas da Itororó.
Habitantes da fé, damos nossas mãos ao nada que tudo se torna a cada dia que passa; hoje construímos a casa de amanhã, que nasce a cada ser multiplicador, fazendo crescer a esperança de uma nova Itororó.
A cada dia me torno um novo velho aqui, neste passado que se faz presente em mim.
Outros destinos se cruzam com o meu e juntos nos tornamos nós.
O dia me mostra surpresa, a noite a conquista de estar em minha casa, eu sou você e nós somos Vila."

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Lueden Matheus Saraiva Paes, 14 anos de vida e de Vila Itororó
escreveu o texto acima na ocasião do 4º aniversário da luta pela re-existência dos moradores no dia 23 de Janeiro de 2010.

3 comentários:

  1. È isso.em breve relato de uma criança vemos a desesperança e a incerteza gerados pela ganancia e vaidade desenfreada daqueles que se julgam ñ só governantes e sim donos de tudo e senhores da verdade. Este breve porem profundo poema nos encoraja a:Insistir, Persistir,Existir e Re-Existir.
    Fazer valer o justo e o real sem esmorecer ou fraquejar.Que venham os opressores que em nome de um suposto progresso e zelo pelo material se esquecem do humano, ca estaremos armados de carater,justiça e perseverança.
    Vila que te quero Vida.

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  2. Pois é se pararmos bem pra pensa perceberemos que nada é tão profundo do que o relato de uma criança ingenua, que mesmo sendo é capaz de detectar pontos importantes e até mesmo um pouco de tristeza de sentir sua única e eterna moradia sendo ameaçada por pessoas que só querem saber de aumentar o material sem pensar os estragos que causará ao "espirito".

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